Após 16 anos, justiça de SP manda soltar Alexandre Nardoni
Juiz considerou que Nardoni manteve uma conduta adequada durante sua prisão, já tendo cumprido mais da metade de sua pena
A Justiça do Estado de São Paulo determinou a soltura de Alexandre Nardoni do presídio em Tremembé. Ele estava detido desde o assassinato da filha, Isabella Nardoni, em 2008.
A decisão foi anunciada na tarde desta segunda-feira (06), autorizando Nardoni ser solto a qualquer momento. Ele poderá cumprir o restante da pena de 30 anos em regime aberto.
De acordo com a determinação judicial, a progressão foi solicitada pela defesa de Alexandre Nardoni, apesar de receber um parecer desfavorável do Ministério Público quando fez a primeira solicitação.
Dessa vez, o juiz José Loureiro Sobrinho considerou que Nardoni manteve uma conduta adequada durante sua prisão, já tendo cumprido mais da metade de sua pena e demonstrado responsabilidade ao usufruir das saídas temporárias e, por isso, determinou o cumprimento de pena na residência.
A partir de agora, Nardoni terá que comparecer a Vara de Execuções Penais a cada três meses. Ele também estará sujeito a permanecer em casa das 20h às 6h, com permissão apenas de sair para trabalhar. No entanto, ele não pode frequentar bares, casas de jogos ou “outros locais incompatíveis com o benefício conquistado”.
Relembre o caso
Em março de 2008, a garota Isabella Nardoni foi encontrada sem vida no jardim do prédio após ter caído do sexto andar. As investigações concluíram que a garota, de apenas cinco anos, foi agredida e asfixiada antes de ser jogada da janela.
As inconsistências em seus depoimentos, as marcas de agressão no corpo de Isabella e as provas materiais coletadas no local chegaram a conclusão que o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram os responsáveis pelo crime.
O julgamento aconteceu em 2010 e chamou atenção de todo o país. O casal foi condenado por homicídio doloso qualificado. Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos de prisão em regime fechado, enquanto Anna Carolina Jatobá recebeu pena de 16 anos e 9 meses.