Mãe tir4 a própria vida após dar à luz à gêmeos, e deixa carta reveladora, ela est… Ver mais

Um caso devastador ocorrido em Massachusetts, nos Estados Unidos, voltou os olhos do mundo para um tema ainda cercado de tabus: a depressão pós-parto. Ariana Sutton, de 36 anos, tirou a própria vida poucos dias após dar à luz seus filhos gêmeos prematuros. Esposa do policial Tyler Sutton e mãe de três crianças, Ariana já havia enfrentado episódios severos de depressão após o nascimento da primeira filha, em 2018.
Um histórico ignorado pela sociedade
Durante a gestação dos gêmeos, Ariana estava ciente do risco de recaída. Ela fazia acompanhamento psicológico, participava de sessões semanais de terapia e contava com suporte médico. Mesmo assim, a chegada antecipada dos bebês — encaminhados à UTI neonatal — abalou seu emocional.
Segundo relatos do marido, a tristeza de ver os filhos longe e frágeis desencadeou uma crise profunda. “Ela dizia que queria os bebês de volta dentro da barriga. Era como se o tempo tivesse parado naquele momento”, contou Tyler, em entrevista à imprensa local.
Carta revela angústia e dor silenciosa
Ariana deixou uma carta antes de partir. No texto, revelou o sentimento de impotência e culpa, além de dizer que sentia que não conseguiria ser a mãe que os filhos precisavam naquele momento. A mensagem, que não foi divulgada na íntegra, foi descrita como “profundamente emotiva” e “reveladora de um sofrimento invisível”.
A morte ocorreu apenas alguns dias após o nascimento dos gêmeos, mesmo com todos os cuidados que a família tomou para prevenir uma nova crise. Tyler, agora viúvo, afirma que nunca imaginou que o desfecho seria tão trágico: “Ela estava sendo acompanhada. A gente achava que estava tudo sob controle”.
Alerta para o risco invisível da depressão pós-parto
A depressão pós-parto atinge até 20% das mães, e é uma das principais causas de complicações emocionais após o parto. O problema pode evoluir silenciosamente e levar a quadros graves — como o da Ariana — se não for tratado com urgência e acolhimento real.
Especialistas alertam que, mesmo com acompanhamento, é possível que o quadro evolua rapidamente, principalmente quando há histórico anterior. No caso de Ariana, o nascimento prematuro e o distanciamento físico dos filhos na UTI neonatal foram gatilhos poderosos.
Luto, alerta e legado
Tyler Sutton tem transformado a dor em campanha. Em pronunciamentos públicos, ele vem pedindo mais atenção à saúde mental das mães e políticas públicas voltadas ao período perinatal. “Ariana amava ser mãe. Mas a dor foi maior. Não é fraqueza. É uma doença. É real”, afirmou.
Agora, além de lidar com o luto, Tyler enfrenta o desafio de criar os três filhos sozinho — a primogênita, Melody, e os dois recém-nascidos. A história comoveu a comunidade local e mobilizou redes de apoio nos Estados Unidos.
A tragédia deixa uma mensagem poderosa: saúde mental materna precisa ser tratada como prioridade. A sociedade ainda exige força das mulheres em um dos momentos mais frágeis de suas vidas, mas falha em oferecer o suporte necessário.