Decisão de Moraes aponta que Bolsonaro será preso nesta terça ou no máximo na quarta-feira

Moraes aperta o cerco e Bolsonaro pode ser preso nas próximas 48 horas
A crise política em Brasília ganhou um novo capítulo explosivo nesta segunda-feira (21). O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a defesa de Jair Bolsonaro (PL) se manifeste em 24 horas sobre o descumprimento de medidas cautelares impostas pela Corte. A decisão acende o alerta máximo nos bastidores da política: a prisão do ex-presidente pode ocorrer já nesta terça-feira (22) ou, no mais tardar, até quarta-feira (23).
Entrevista e tornozeleira: atos que desafiam o STF
Bolsonaro, que é réu no inquérito da suposta “trama golpista”, tem desafiado abertamente as decisões judiciais. Mesmo proibido, concedeu entrevista pública e exibiu a tornozeleira eletrônica, descumprindo orientações claras do STF. Além disso, ele não poderia usar redes sociais, sair de casa fora do horário permitido, nem manter contato com embaixadas ou diplomatas estrangeiros — restrições que, segundo ministros da Corte, foram ignoradas.
Cinco crimes e mais de 40 anos de pena em jogo
O ex-presidente responde por cinco crimes graves: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, destruição de patrimônio público tombado e dano qualificado com violência. Caso seja condenado por todos, as penas somadas ultrapassam 40 anos de reclusão. A Procuradoria-Geral da República acompanha de perto o caso, enquanto Moraes já avalia medidas mais severas diante da reincidência.
Bolsonaro e Eduardo buscam apoio nos EUA e agravam a crise
Nos bastidores, circula a informação de que Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro teriam recorrido a aliados de Donald Trump em busca de apoio internacional para pressionar o STF. A atitude provocou desconforto no governo dos Estados Unidos, e uma carta enviada por Joe Biden ao presidente Lula mencionou a instabilidade institucional como argumento para aplicação de tarifas comerciais contra o Brasil — uma movimentação que aprofundou o impasse.
Brasil reage com força e aciona Lei de Reciprocidade Econômica
A resposta do governo brasileiro veio em tom duro. Lula acusou a Casa Branca de ferir a soberania nacional e prometeu retaliações com base na Lei de Reciprocidade Econômica — que permite suspender acordos comerciais em caso de medidas unilaterais contra o país. Paralelamente, o Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) abriu uma investigação contra o Brasil, o que acendeu o sinal de alerta no Congresso Nacional e no STF.
Prisão de Bolsonaro parece iminente e clima é de tensão total
Diante de tantas frentes de crise — judicial, diplomática e econômica — a possibilidade de prisão do ex-presidente não é mais tratada como remota. Nos corredores do Congresso, a expectativa é de que Moraes decida em breve pela detenção de Bolsonaro caso a defesa não apresente justificativas plausíveis. O clima é de tensão absoluta, e os desdobramentos dessa novela política seguem mobilizando o país, com reflexos no cenário internacional.