Nardoni e Anna Jatobá são flagrados juntos em compras e reação da mãe de Isabella choca

Quase 17 anos após um dos crimes mais marcantes do Brasil, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pela morte da pequena Isabella, voltaram a aparecer juntos em público. O flagrante, registrado em São Paulo, reacendeu a revolta da mãe da menina e reacendeu o debate sobre o sistema prisional brasileiro.

O reencontro que chocou o país

O casal foi visto no bairro de Santana, na Zona Norte da capital, caminhando separadamente e entrando em lojas. Alexandre usava boné, camiseta e cavanhaque; Anna, cabelos loiros e curtos. Segundo informações, eles reataram o relacionamento no início de 2025, após a saída dela da prisão em 2023. A cena foi exibida pelo Cidade Alerta (Record) e gerou forte repercussão nas redes sociais e na imprensa.

A dor e a indignação de Ana Carolina Oliveira

Para a mãe de Isabella, a imagem dos dois levando uma vida aparentemente normal é um golpe doloroso.
“É de um absurdo tamanho maior. Estão vivendo normalmente, enquanto eu enfrento uma batalha diária. Minha filha nunca mais vai voltar”, disse Ana Carolina em entrevista. Ela destacou o contraste entre a liberdade do casal e a perda irreparável que a família carrega.

Do crime ao regime aberto

Em 29 de março de 2008, Isabella, de cinco anos, foi jogada do sexto andar do prédio onde o pai morava com Anna Carolina Jatobá. O caso chocou o país, gerou comoção nacional e levou a uma das condenações mais acompanhadas pela imprensa.

Em 2010, Anna recebeu pena de 26 anos e Nardoni, 30 anos, por homicídio triplamente qualificado. Após cerca de 15 e 16 anos de cumprimento de pena, respectivamente, ambos conquistaram o direito ao regime aberto, previsto em lei para presos com bom comportamento e cumprimento de parte da pena.

Justiça, lei e opinião pública

Apesar de a progressão de regime ser legal, casos como esse levantam discussões sobre proporcionalidade e percepção de justiça. Para especialistas, o sistema deve cumprir a lei, mas para familiares de vítimas e parte da sociedade, a sensação é de impunidade.

O flagrante mostra que, mesmo após anos e com benefícios concedidos, Nardoni e Jatobá permanecem sob intenso escrutínio público — e que a memória do caso Isabella continua viva na consciência coletiva.