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Caso Bolsonaro seja preso, essas são as terríveis consequências de Trump ao Brasil… Ler mais

Julgamento histórico no Supremo

Na terça-feira (2), o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete ex-integrantes de seu governo. Eles são acusados de participação em uma tentativa de golpe de Estado entre o fim de 2022 e o início de 2023. A análise do caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e já é considerada um dos processos mais emblemáticos da democracia brasileira.

Crimes que podem render até 43 anos de prisão

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro teria liderado uma organização criminosa para impedir a posse legítima do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. As acusações incluem tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio público. Se condenado em todas as frentes, o ex-presidente pode cumprir até 43 anos de prisão.

Aliados de peso também no banco dos réus

Entre os réus figuram nomes centrais do governo Bolsonaro, como Mauro Cid, Anderson Torres, Augusto Heleno, Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Braga Netto e Alexandre Ramagem. Cada um deles é apontado como parte ativa ou cúmplice em ações que, segundo a denúncia, envolveram articulação militar, desinformação em massa e os ataques de 8 de janeiro de 2023.

Estrutura do julgamento e expectativa

O julgamento teve início com a leitura formal feita pelo ministro Cristiano Zanin e a apresentação do relatório de Moraes. A PGR terá até duas horas para sustentar as acusações, enquanto as defesas contarão com uma hora cada para os argumentos. Especialistas afirmam que a decisão final pode demorar dias ou até semanas, dada a complexidade do caso e o impacto de cada voto dos ministros.

Trump e a tensão internacional

A repercussão do julgamento ultrapassa as fronteiras brasileiras. Nos Estados Unidos, democratas pressionam o presidente Joe Biden a se posicionar em defesa da democracia no Brasil, enquanto republicanos ligados a Donald Trump demonstram apoio ao ex-presidente brasileiro. A tensão diplomática aumenta com relatos de vínculos entre o bolsonarismo e grupos da extrema-direita internacional, o que coloca pressão adicional sobre Brasília e Washington.

Consequências políticas para 2026

No Brasil, o julgamento pode redefinir o futuro da direita. Uma eventual condenação deixaria Bolsonaro inelegível, abrindo espaço para novas lideranças até as eleições de 2026. Ao mesmo tempo, fortalece a imagem do STF como guardião do Estado Democrático de Direito. O processo, além de punir ou absolver, carrega peso simbólico e estratégico, com reflexos diretos na política, na diplomacia e na confiança da sociedade nas instituições.