Buscas por mulher que estava desaparecida há 8 anos têm desfecho trágic0 e expõe um histórico d…Ver mais

O desfecho brutal de um mistério que durou quase uma década
Foram oito anos de silêncio, dor e esperança. A família de Rosilene Duarte da Silva viveu um pesadelo sem fim desde o seu desaparecimento, em 2017. Cada novo dia trazia a expectativa de um sinal, uma pista, uma ligação. Mas a verdade — tão cruel quanto definitiva — veio apenas agora: Rosilene foi assassinada, e seu corpo estava oculto por anos, enterrado sob a mentira de um homem que tentou enganar até a própria justiça.
Na última quarta-feira, a polícia enfim encontrou Manoel Pereira da Silva — o companheiro que dizia não saber de nada — escondido em uma propriedade rural. Junto a ele, veio a revelação macabra: o paradeiro do corpo da mulher que ele mesmo tirou a vida. Essa confissão, após quase uma década de versões falsas e manipulações, encerra uma das histórias mais angustiantes da crônica criminal recente do Brasil.
Manipulação cruel: como o assassino usou a tecnologia para alimentar uma mentira
A frieza de Manoel Pereira da Silva não parou no crime. De acordo com o Ministério Público, ele foi além: usou o celular de Rosilene para enviar mensagens à família, simulando que ela ainda estava viva. Um ato calculado para confundir, ludibriar e prolongar o sofrimento de quem jamais desistiu de encontrá-la.
Durante meses, ele manteve contato com os parentes da vítima, sempre com novas desculpas para o sumiço dela. Quando as perguntas começaram a apertar, ele se afastou — e a angústia aumentou. Sua habilidade manipuladora o manteve longe das suspeitas por muito tempo. Conhecidos o descreviam como um parceiro gentil, o que só tornou tudo mais difícil de acreditar.
Essa conduta não apenas atrapalhou as investigações como também adiou o luto e a justiça para uma mãe que, por anos, manteve acesa a esperança de rever a filha com vida.
A prisão, a confissão e a busca em terreno hostil
Condenado à revelia por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, Manoel estava foragido desde novembro de 2024. Sua prisão, em uma operação conjunta entre divisões especializadas da polícia, marcou o ponto de virada. Ao ser capturado, ele finalmente quebrou o silêncio e indicou onde havia escondido o corpo.
O local era remoto, de difícil acesso, nas proximidades da rodovia TO-374. Equipes da polícia enfrentaram o terreno inóspito com equipamentos especializados, até localizarem restos mortais que agora passam por exames de DNA no Instituto Médico Legal. É o último passo para oferecer à família a verdade definitiva — e a chance de um adeus digno.
Além dele, um segundo homem foi preso por posse de arma de fogo, mas liberado após pagamento de fiança. O foco total, no entanto, está na revelação que pode encerrar um ciclo de horror.
Quando o amor vira ameaça: o alerta que esse caso deixa para o Brasil
O assassinato de Rosilene escancara a urgente necessidade de reforçar as políticas de proteção às mulheres. Relacionamentos abusivos muitas vezes são silenciosos, disfarçados de afeto, e só revelam sua verdadeira face quando já é tarde demais. Manoel tinha histórico de agressividade e desrespeito às medidas protetivas, mas ainda assim conseguiu escapar por anos.
A impunidade que marcou os primeiros momentos desse caso serve como alerta: é preciso agir antes que o pior aconteça. Fortalecer o combate à violência doméstica, agilizar denúncias, proteger as vítimas e punir com rigor são caminhos inadiáveis.
A história de Rosilene, embora trágica, não pode ser em vão. Que sua memória inspire mudanças reais, para que nenhuma outra família precise passar pelo que a dela passou.