Caso Sophia: Corpo da criança de 11 anos é encontrado, mas o que chama atenção da polícia é q… Ver mais
Na manhã desta segunda-feira, 27 de maio, a comunidade da Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro, foi profundamente abalada pela descoberta trágica do corpo de Sophia Ângelo Veloso da Silva, uma menina de 11 anos que havia desaparecido enquanto ia para a escola. Sophia saiu de casa por volta das 7h, mas não chegou ao seu destino, a Escola Municipal Belmiro Medeiros, localizada no bairro Moneró.
O desaparecimento de Sophia gerou imediata preocupação e mobilização entre familiares, amigos e autoridades. As investigações avançaram rapidamente quando imagens de câmeras de segurança mostraram um homem acompanhando a menina no horário em que ela sumiu. Este suspeito, posteriormente identificado como irmão da ex-companheira do pai de Sophia, foi preso. Na delegacia, o homem optou por permanecer em silêncio, não fornecendo nenhuma informação adicional às autoridades.
A Polícia Militar informou que o corpo de Sophia foi encontrado na caçamba de um caminhão de lixo que estava a caminho do bairro de Tauá. A notícia foi devastadora para a família, especialmente para o pai de Sophia, Paulo Sérgio da Silva, que entrou em desespero ao saber da confirmação da morte da filha. Este momento de profunda tristeza repercutiu intensamente na comunidade local e em todo o país.
Na tarde de segunda-feira, agentes da 37ª Delegacia de Polícia (Ilha do Governador) realizaram uma perícia na casa do suspeito, que fica perto do local onde o corpo foi encontrado. Durante a investigação, os policiais encontraram uma faca e uma chave de fenda torta, ambas escondidas em um buraco e com indícios de sangue. Esses itens foram recolhidos para análise, com a expectativa de que possam fornecer provas cruciais para o caso.
Além disso, os peritos detectaram vestígios de sangue no banheiro da residência do suspeito, apesar de o local ter sido recentemente lavado. O uso da substância luminol, que revela traços de sangue invisíveis a olho nu, confirmou a presença de sangue, reforçando as suspeitas sobre o envolvimento do homem no crime. Essas descobertas intensificaram a investigação e aumentaram a pressão sobre as autoridades para solucionar o caso rapidamente.
A família de Sophia notou seu desaparecimento por volta das 15h, iniciando uma busca desesperada pelos possíveis caminhos que ela poderia ter tomado até a escola. Foi durante essa busca que eles conseguiram as imagens de câmeras de segurança de um comércio local, mostrando Sophia acompanhada por um homem às 7h17, pouco depois de ela ter saído de casa. Essas imagens foram fundamentais para identificar e prender o suspeito.
Este caso chocou e revoltou a sociedade, destacando mais uma vez a vulnerabilidade das crianças em nosso país. A tragédia de Sophia Ângelo é um lembrete doloroso da necessidade de medidas mais eficazes para proteger os menores e garantir sua segurança. A esperança é que este evento trágico sirva como um catalisador para a implementação de políticas públicas mais rigorosas e efetivas, que previnam tais ocorrências e punam severamente os responsáveis por atos tão brutais.
Enquanto as investigações prosseguem, a comunidade e todo o Brasil permanecem em luto, unidos na dor e no clamor por justiça.
Com as imagens, os pais da menina foram até a 37ª DP (Ilha) e registraram um boletim de ocorrência. O homem foi detido e levado para a delegacia para prestar depoimento, onde foi preso em flagrante após o corpo ter sido encontrado.
Ele será retirado da delegacia em um blindado da PM e levado para a Polinter.Do lado de fora da delegacia, manifestantes pediam justiça. O Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom) foi acionado.
“Eu peço que vocês liberem aqui. Vamos ser inteligentes. Eu sou o mais revoltado, mas ele precisa sair daqui e responder. Deixa que a justiça resolva. Por favor, gente. As pessoas vão se machucar aqui. Deixem o Caveirão [blindado da PM] passar. Não vai adiantar do jeito que vocês querem. Vai virar guerra. Ele não merece isso. Ele não é digno de uma guerra dessas”, dizia o pai de Sophia ao grupo que se aglomerou na porta da 37ª DP.
Investigadores disseram que a menina tinha várias marcas de facadas pelo corpo. Ela foi golpeada na nuca, no peito, nas pernas e nas costas. Segundo os agentes, só a perícia dirá se a criança foi ou não estuprada e a causa da morte.