Donald Trump manda recado para Bolsonaro, você é um v…ver mais

Declarações recentes de Donald Trump em apoio a Jair Bolsonaro geraram repercussão no Brasil. O ex-presidente dos Estados Unidos afirmou que o líder brasileiro estaria sendo “perseguido” por instituições do país. A fala acendeu alertas em Brasília, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) optou por não responder publicamente, adotando um silêncio calculado diante da tensão internacional.
Nos bastidores, ministros do STF avaliam que a defesa institucional do país em temas diplomáticos deve partir do Executivo. A Corte considera que um posicionamento direto contra Trump apenas alimentaria a politização do Judiciário, especialmente em um momento sensível, em que inquéritos envolvendo Bolsonaro e aliados seguem em andamento.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, respondeu com firmeza em rede social: “O Brasil é um país soberano e não aceita interferências externas”. Embora sem citar o ex-presidente americano, o recado foi interpretado como uma resposta direta ao comentário de Trump.
O episódio se soma à fala do senador norte-americano Marco Rubio, que sugeriu restrições a “pessoas cúmplices em censura contra americanos” — um aceno que, segundo analistas, mira o ministro Alexandre de Moraes, relator de inquéritos que investigam desinformação e ataques às instituições brasileiras. O anúncio ocorreu dias após o STF autorizar apuração contra Eduardo Bolsonaro, o que elevou ainda mais o tom entre os dois países.
Apesar do incômodo interno, o STF mantém sua linha de atuação discreta em relação a pressões externas. A escolha por não entrar em embates diretos busca preservar a imagem institucional da Corte, em meio a um cenário político polarizado. Fontes próximas ao Supremo indicam que os ministros estão atentos, mas preferem agir nos bastidores e deixar que o governo federal trate do tema no campo diplomático.
Enquanto isso, o debate nas redes sociais segue acirrado. De um lado, apoiadores de Bolsonaro denunciam perseguição política; do outro, defensores das instituições afirmam que a Justiça está apenas cumprindo seu papel. O Supremo, entre ataques e cobranças, aposta no silêncio estratégico — mas a dúvida permanece: até quando essa postura será sustentável?