Esposa de Alexandre de Moraes acaba de receber duro castigo dos Estados Unidos
Sanção atinge família e empresa ligada ao ministro
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira (22), a inclusão de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes, na lista de pessoas e entidades sancionadas. A medida atinge também a empresa LEX – Institutos de Estudos Jurídicos, da qual Viviane e os filhos são sócios. A decisão amplia o cerco internacional contra o magistrado, já alvo da chamada Lei Magnitsky desde julho.
Lei Magnitsky e acusações contra Moraes
A sanção foi aplicada com base em acusações de “prisões arbitrárias” e “restrições à liberdade de expressão”. A Lei Magnitsky é utilizada pelos EUA para punir estrangeiros acusados de violações de direitos humanos e corrupção. A extensão da punição para a esposa e a empresa da família sinaliza que a pressão vai além das ações diretas de Moraes no Brasil.
Moraes no centro de disputas nacionais e internacionais
Relator de inquéritos de grande repercussão, como a tentativa de golpe de 8 de janeiro e a investigação sobre fake news, Moraes se tornou figura central no combate a movimentos que contestam as instituições democráticas. Essa atuação, porém, o transformou em alvo de críticas intensas de setores da direita, apoiadores de Jair Bolsonaro e agora de autoridades americanas.
Recado duro de Washington
Na primeira rodada de sanções, em julho, o então secretário do Tesouro, Scott Bessent, acusou Moraes de se tornar “juiz e júri” em uma “caça às bruxas ilegal”. Segundo ele, as decisões do ministro chegaram a prejudicar empresas americanas. O comunicado deixou claro que os EUA manteriam a pressão sobre quem, em sua visão, ameaça liberdades fundamentais.
Repercussões no Brasil e no exterior
A notícia mobilizou políticos, juristas e internautas. Enquanto apoiadores das sanções enxergam a medida como um limite aos supostos abusos de poder, críticos afirmam que se trata de uma interferência inaceitável na soberania nacional. O Supremo Tribunal Federal, por sua vez, passa a enfrentar não apenas críticas internas, mas também questionamentos externos que podem afetar sua credibilidade.
Impacto prático e político
Na prática, a decisão congela bens e ativos de Viviane e da LEX em território americano, além de proibir cidadãos e empresas dos EUA de negociarem com os nomes sancionados. Analistas avaliam que o efeito financeiro pode ser limitado, mas o recado político é claro: isolar Moraes no cenário internacional e aumentar o custo de suas ações dentro do Brasil. O episódio, inevitavelmente, inflama ainda mais a polarização política no país.
