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Ultimato do STF: Bolsonaro pode ser preso já nesta semana?

Moraes aperta o cerco contra o ex-presidente

A semana começou tensa em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 24 horas para a defesa de Jair Bolsonaro (PL) se explicar sobre o descumprimento das medidas cautelares impostas pela Corte. A decisão, divulgada nesta segunda-feira (21), levantou uma dúvida explosiva: será que Bolsonaro pode ser preso já nesta terça (22) ou quarta (23)?

As regras ignoradas por Bolsonaro

Bolsonaro é réu no inquérito que investiga a “trama golpista” e já havia recebido uma lista de restrições claras:

  • Proibição de entrevistas e menções à tornozeleira eletrônica;

  • Banimento das redes sociais, direto ou por terceiros;

  • Recolhimento domiciliar das 19h às 6h nos dias úteis e integral nos fins de semana;

  • Proibição de visitar embaixadas ou ter contato com diplomatas.

Mesmo assim, ele deu declarações públicas e exibiu a tornozeleira — um gesto visto como provocação direta ao STF.

Crimes e risco de décadas na prisão

Atualmente, Bolsonaro responde a cinco crimes na Corte: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, formação de organização criminosa armada, destruição de patrimônio tombado e dano qualificado com violência. Somadas, as penas podem ultrapassar 40 anos de prisão.

Pressão internacional e crise com os EUA

Enquanto o processo avança no Brasil, Bolsonaro e o filho Eduardo Bolsonaro buscaram apoio nos Estados Unidos. O movimento teria chegado ao governo Joe Biden, que enviou carta a Lula mencionando a situação judicial do ex-presidente como argumento para impor uma tarifa de 50% nas exportações brasileiras.

O Planalto reagiu de imediato, acusando Washington de ferir a soberania nacional. Lula prometeu retaliar com base na Lei de Reciprocidade Econômica, que permite suspender acordos comerciais caso outro país adote medidas unilaterais contra o Brasil.

Investigação comercial aumenta a tensão

Para agravar a crise, o Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR) abriu uma investigação contra o Brasil. A medida gerou apreensão tanto entre ministros do STF quanto entre parlamentares governistas, que enxergam na iniciativa uma forma de pressão política inaceitável.

Expectativa de novos desdobramentos

O ambiente é de tensão máxima em Brasília. Entre aliados e opositores, a possibilidade de prisão de Bolsonaro nos próximos dias não é descartada. Ao mesmo tempo, cresce a preocupação com a escalada da crise diplomática com os Estados Unidos.

Seja qual for o próximo passo, uma coisa é certa: a novela envolvendo Bolsonaro, STF e agora até a Casa Branca ainda está longe do fim.